Outro caso de suposta violência contra criança, registrado no Centro de Educação Infantil Theresa da Silva Rosendo (Mauá), no bairro Oficinas, em Tubarão, foi relatado à reportagem do Portal Infosul.
Desta vez, o alvo dos maus-tratos foi um aluno de apenas três anos. A professora confessou o crime à mãe do menino, Thayná Gonçalves Soares, pelo WhatsApp.
A agressão ocorreu em junho, mas, por receio, a genitora decidiu não tornar o episódio público. Entretanto, ao observar que o caso de seu filho não era uma situação isolada, mudou de ideia.
Um boletim de ocorrência foi registrado. No documento, foram anexadas fotos dos hematomas da criança e capturas de tela da conversa em que a docente detalhou o ocorrido pelo aplicativo de mensagens.
Thayná lembra que, à época, seu filho chegou da creche reclamando de dores na costela. Ela tocou a região, mas não observou nada incomum naquele momento. A mãe só descobriu o que havia acontecido quando a avó do menino enxergou as marcas nos braços da criança durante o banho.
“Não deu para ver antes porque era frio e ele usava roupa comprida. Eu fui trabalhar e minha mãe deu banho nele. Era nítido que foi agressão. Nenhuma criança conseguiria ter forças para deixar os dedos marcados nos braços do meu filho”, desabafou.
Ainda segundo a mãe, até os dias atuais, quando questionado, o menino detalha o que aconteceu na escolinha. Ele diz que estava debaixo de uma mesa quando “a tia ***** me puxou com força”.
“Ele está assustado; mais inquieto que o normal. Não quer mais ir para a creche, tem medo quando brincamos com ele e encostamos nos bracinhos dele, não dorme direito, enfim, está sendo uma luta diária”, disse Thayná.
Pelo WhatsApp, a professora contou à mãe do aluno que enfrentava problemas particulares e que também estava a todo momento sob pressão na instituição.
No mesmo dia em que a agressão ocorreu, em junho, a professora em questão solicitou sua demissão à direção da escola.
Ela atuava na mesma sala onde, recentemente, uma outra docente foi acusada de maltratar um aluno com Transtorno de Expecto Autista (TEA). Essa, por sua vez, foi exonerada pela Fundação Municipal de Educação.
O jornalismo do Portal Infosul esteve na Delegacia de Proteção à Criança ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) de Tubarão. Conforme apurado, diversos depoimentos já foram e estão sendo coletados. As investigações continuam.
A redação ainda procurou, presencialmente, a responsável pela creche onde diversos casos de supostas agressões estão sendo denunciados. Porém, Jacyra Moreira Martins Machado, diretora do C.E.I. Theresa da Silva Rosendo, não estava presente na instituição. Uma secretária disse que ela retornaria, mas até a publicação desta matéria, isso não aconteceu.
NÚMERO DE AGRESSÕES CONTINUA CRESCENDO
Considerando os últimos 20 dias, três reportagens publicadas com exclusividade pelo Portal Infosul, detalharam situações em que mães, pais e responsáveis denunciaram supostas agressões contra seus filhos no C.E.I. Theresa da Silva Rosendo.
A cada matéria divulgada, novas ocorrências são relatadas à redação. A maioria delas registradas há mais de 30 dias, mas, sem qualquer resolução até o presente momento.
Nos próximos dias, um novo episódio similar aos publicados será reportado pelo site. Desta vez, em outra creche do município.
Matéria 01 – Professora é afastada após denúncias de maus-tratos contra bebês em creche de Tubarão
Matéria 02 – Mais uma professora é afastada de creche de Tubarão; ela é suspeita de maltratar criança com autismo