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Operação Mensageiro: saiba quem são os nove agentes públicos investigados e presos preventivamente na Amurel

Investigação apura suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas cidades catarinenses
infosul

4 de maio de 2023

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Montagem: Portal Infosul

Classificada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) como o “maior e mais complexo esquema de pagamento de propinas” do estado, a Operação Mensageiro foi deflagrada pela primeira vez em 6 de dezembro de 2022. Deste então, foram realizadas quatro fases da investigação. A apuração das denúncias, no entanto, começou meses antes.

Os trabalhos de investigação são coordenados pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC).

A Operação Mensageiro apura suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas cidades catarinenses. No centro das investigações estão os contratos da Serrana Engenharia, que agora se chama Versa Engenharia Ambiental.

Em todas as fases deflagradas pela Operação até aqui houve alvos em municípios da Amurel. Ao todo, há nove pessoas da região presas preventivamente por suspeitas de envolvimento nos esquemas investigados, sendo que quatro delas são prefeitos municipais. Os seis detidos nas primeiras três fases já se tornaram réus na Justiça.

Na etapa mais recente da Operação, deflagrada na última quinta-feira, dia 27 de abril, foram cumpridos 18 mandados de prisões preventivas e 65 mandados de busca e apreensão. Todos passaram por audiência de custódia no mesmo dia e tiveram suas prisões mantidas. Na Amurel, entre os presos, está o prefeito de Imaruí, Patrick Corrêa (Republicanos).

Também foram alvo da ação na última semana Wando Furlan Ceolin, supervisor de compras da prefeitura de Braço do Norte, e Jorge Ari Tetzlaff, secretário de Administração, Planejamento e Finanças de São Martinho. A detenção de Jorge não tem relação com a prefeitura onde trabalha. Ele possui empresa e é investigado por serviços prestados por ela em outro município.

As investigações seguem em segredo de justiça, mas trechos do que foi apurado até o momento constam em decisões de recursos dos réus no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Veículos de imprensa estadual também tiveram acesso a partes das investigações.

Relembre quem são os demais agentes públicos da Amurel que foram presos preventivamente no âmbito da Operação Mensageiro.

Na primeira fase, deflagrada em 6 de dezembro do ano passado, foram cumpridos 15 mandados de prisão preventiva e 108 de busca e apreensão em Santa Catarina. Na região, três pessoas foram presas preventivamente.

Segundo a denúncia do MPSC, em trechos divulgados pela NSC, entre agosto e setembro de 2016, antes das eleições municipais, Deyvisonn Souza (MDB) teria pedido uma reunião com o gerente regional do aterro sanitário administrado pela Serrana no município. Além disso, ele teria solicitado R$ 15 mil para facilitar a execução do atual contrato e futuros acordos.

Ainda de acordo com a denúncia, após assumir a prefeitura, ficou combinado o repasse de R$ 3 mil em dinheiro vivo, calculado a cada mês de vigência do contrato. Entre janeiro de 2017 e janeiro de 2022, ele teria recebido, de acordo com o MP, vantagens em ao menos 11 oportunidades, o que daria um total mínimo de R$ 198 mil.

Deyvisonn se tornou réu em 13 de abril de 2023.

De acordo com o MPSC, Darlan é apontado como o operador da propina, ou “ponte”, entre o Grupo Serrana com Joares Ponticelli e Caio Tokarski, prefeito e vice-prefeito de Tubarão, respectivamente. A investigação também acusa do ex-servidor de ter recebido R$ 7 mil mensais da empresa.

Durante a busca e apreensão na casa de Darlan, foi “apreendido em um cofre uma nota promissória no valor de R$ 52.020,00, datada em 25 de agosto de 2021, em nome do emitente Joares Ponticelli”. Também foram encontrados 17 mil dólares em espécie, além de R$ 5,6 mil.

Darlan virou réu em 27 de abril de 2023.

O MPSC acusa Glauco de, “em tese, estar de maneira contemporânea recebendo vantagens ilícitas, inclusive com possível encontro com Mensageiro da propina” em um hotel de Laguna. Também é apontado como o responsável por receber e repassar propina ao prefeito Vicente.

Os promotores apontam ainda que “existem elementos indiciários de dezenas de contatos do investigado com o, em tese, responsável pelo pagamento de propinas do grupo Serrana”. Os investigadores encontraram registros de 34 contatos entre o Glauco e o mensageiro.

Durante o cumprimento do mandato de busca e apreensão, foram encontrados R$ 74.525,00 em dinheiro guardados em sua casa.

Glauco se tornou réu em 13 de abril de 2023.

Na segunda fase da Operação, deflagrada em 2 de fevereiros deste ano, foram cumpridos quatro mandados de prisões preventivas e 14 mandados de busca e apreensão. Na Amurel, Vicente Corrêa Costa (PL) foi preso.

O MPSC aponta que o prefeito chegou a receber por um período repasses mensais de R$ 5 mil reais da Serrana. Uma planilha de pagamento de propinas também foi recuperada dos arquivos da Serrana Engenharia. Nela, há informações sobre supostos pagamentos para agentes públicos de Capivari de Baixo realizados em 2022. A soma foi de R$ 28.854,86.

Conforme a denúncia, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do prefeito, foram apreendidos R$ 80.500,00 em espécie, quantia que o denunciado Vicente justificou ser oriundo da medicina, profissional que aparentemente deixou de labutar em janeiro de 2021″. Os investigadores apontam ainda encontro e contatos telefônicos do prefeito com o dono da Serrana e o Mensageiro.

Vicente se tornou réu em 13 de abril de 2023.

Em 14 de fevereiro, o MPSC deflagrou a terceira fase da Operação Mensageiro em Tubarão. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisões preventivas contra o prefeito Joares Ponticelli (PP) e o vice-prefeito Caio Tokarski (União Brasil).

Segundo consta na denúncia do MPSC, os dois seriam “os mentores do esquema criminoso em Tubarão” e receberiam uma “mesada” de R$ 30 mil, “além de alguns ‘bônus’ esporádicos” do Grupo Serrana.

Em junho de 2022, desconfiado de que estaria sendo investigado, o sócio da empresa teria procurado Ponticelli e Tokarski, no Paço Municipal, para informar que suspenderia o pagamento da propina. Entretanto, Joares teria ficado incomodado com a sugestão e chegou a deixar o gabinete.

Diante da reação, o Grupo Serrana se viu ‘obrigado’ a restabelecer o pagamento da propina no mês de setembro, efetuando, inclusive, o adiantamento dos valores até o final daquele ano, mesmo sem o empenho de notas fiscais.

De acordo como MPSC, durante as buscas e apreensões, os agentes encontraram, no carro pessoal de Caio Tokarski, uma minuta para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), com objetivo de “investigar os investigadores” da Operação Mensageiro.

Joares e Caio viraram réus em 27 de abril de 2023.

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VEJA O RESUMO DAS FASES DA OPERAÇÃO MENSAGEIRO NA REGIÃO DA AMUREL:

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Investigação apura suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas cidades catarinenses
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Classificada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) como o “maior e mais complexo esquema de pagamento de propinas” do estado, a Operação Mensageiro foi deflagrada pela primeira vez em 6 de dezembro de 2022. Deste então, foram realizadas quatro fases da investigação. A apuração das denúncias, no entanto, começou meses antes.

Os trabalhos de investigação são coordenados pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC).

A Operação Mensageiro apura suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas cidades catarinenses. No centro das investigações estão os contratos da Serrana Engenharia, que agora se chama Versa Engenharia Ambiental.

Em todas as fases deflagradas pela Operação até aqui houve alvos em municípios da Amurel. Ao todo, há nove pessoas da região presas preventivamente por suspeitas de envolvimento nos esquemas investigados, sendo que quatro delas são prefeitos municipais. Os seis detidos nas primeiras três fases já se tornaram réus na Justiça.

Na etapa mais recente da Operação, deflagrada na última quinta-feira, dia 27 de abril, foram cumpridos 18 mandados de prisões preventivas e 65 mandados de busca e apreensão. Todos passaram por audiência de custódia no mesmo dia e tiveram suas prisões mantidas. Na Amurel, entre os presos, está o prefeito de Imaruí, Patrick Corrêa (Republicanos).

Também foram alvo da ação na última semana Wando Furlan Ceolin, supervisor de compras da prefeitura de Braço do Norte, e Jorge Ari Tetzlaff, secretário de Administração, Planejamento e Finanças de São Martinho. A detenção de Jorge não tem relação com a prefeitura onde trabalha. Ele possui empresa e é investigado por serviços prestados por ela em outro município.

As investigações seguem em segredo de justiça, mas trechos do que foi apurado até o momento constam em decisões de recursos dos réus no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Veículos de imprensa estadual também tiveram acesso a partes das investigações.

Relembre quem são os demais agentes públicos da Amurel que foram presos preventivamente no âmbito da Operação Mensageiro.

Na primeira fase, deflagrada em 6 de dezembro do ano passado, foram cumpridos 15 mandados de prisão preventiva e 108 de busca e apreensão em Santa Catarina. Na região, três pessoas foram presas preventivamente.

Segundo a denúncia do MPSC, em trechos divulgados pela NSC, entre agosto e setembro de 2016, antes das eleições municipais, Deyvisonn Souza (MDB) teria pedido uma reunião com o gerente regional do aterro sanitário administrado pela Serrana no município. Além disso, ele teria solicitado R$ 15 mil para facilitar a execução do atual contrato e futuros acordos.

Ainda de acordo com a denúncia, após assumir a prefeitura, ficou combinado o repasse de R$ 3 mil em dinheiro vivo, calculado a cada mês de vigência do contrato. Entre janeiro de 2017 e janeiro de 2022, ele teria recebido, de acordo com o MP, vantagens em ao menos 11 oportunidades, o que daria um total mínimo de R$ 198 mil.

Deyvisonn se tornou réu em 13 de abril de 2023.

De acordo com o MPSC, Darlan é apontado como o operador da propina, ou “ponte”, entre o Grupo Serrana com Joares Ponticelli e Caio Tokarski, prefeito e vice-prefeito de Tubarão, respectivamente. A investigação também acusa do ex-servidor de ter recebido R$ 7 mil mensais da empresa.

Durante a busca e apreensão na casa de Darlan, foi “apreendido em um cofre uma nota promissória no valor de R$ 52.020,00, datada em 25 de agosto de 2021, em nome do emitente Joares Ponticelli”. Também foram encontrados 17 mil dólares em espécie, além de R$ 5,6 mil.

Darlan virou réu em 27 de abril de 2023.

O MPSC acusa Glauco de, “em tese, estar de maneira contemporânea recebendo vantagens ilícitas, inclusive com possível encontro com Mensageiro da propina” em um hotel de Laguna. Também é apontado como o responsável por receber e repassar propina ao prefeito Vicente.

Os promotores apontam ainda que “existem elementos indiciários de dezenas de contatos do investigado com o, em tese, responsável pelo pagamento de propinas do grupo Serrana”. Os investigadores encontraram registros de 34 contatos entre o Glauco e o mensageiro.

Durante o cumprimento do mandato de busca e apreensão, foram encontrados R$ 74.525,00 em dinheiro guardados em sua casa.

Glauco se tornou réu em 13 de abril de 2023.

Na segunda fase da Operação, deflagrada em 2 de fevereiros deste ano, foram cumpridos quatro mandados de prisões preventivas e 14 mandados de busca e apreensão. Na Amurel, Vicente Corrêa Costa (PL) foi preso.

O MPSC aponta que o prefeito chegou a receber por um período repasses mensais de R$ 5 mil reais da Serrana. Uma planilha de pagamento de propinas também foi recuperada dos arquivos da Serrana Engenharia. Nela, há informações sobre supostos pagamentos para agentes públicos de Capivari de Baixo realizados em 2022. A soma foi de R$ 28.854,86.

Conforme a denúncia, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do prefeito, foram apreendidos R$ 80.500,00 em espécie, quantia que o denunciado Vicente justificou ser oriundo da medicina, profissional que aparentemente deixou de labutar em janeiro de 2021″. Os investigadores apontam ainda encontro e contatos telefônicos do prefeito com o dono da Serrana e o Mensageiro.

Vicente se tornou réu em 13 de abril de 2023.

Em 14 de fevereiro, o MPSC deflagrou a terceira fase da Operação Mensageiro em Tubarão. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisões preventivas contra o prefeito Joares Ponticelli (PP) e o vice-prefeito Caio Tokarski (União Brasil).

Segundo consta na denúncia do MPSC, os dois seriam “os mentores do esquema criminoso em Tubarão” e receberiam uma “mesada” de R$ 30 mil, “além de alguns ‘bônus’ esporádicos” do Grupo Serrana.

Em junho de 2022, desconfiado de que estaria sendo investigado, o sócio da empresa teria procurado Ponticelli e Tokarski, no Paço Municipal, para informar que suspenderia o pagamento da propina. Entretanto, Joares teria ficado incomodado com a sugestão e chegou a deixar o gabinete.

Diante da reação, o Grupo Serrana se viu ‘obrigado’ a restabelecer o pagamento da propina no mês de setembro, efetuando, inclusive, o adiantamento dos valores até o final daquele ano, mesmo sem o empenho de notas fiscais.

De acordo como MPSC, durante as buscas e apreensões, os agentes encontraram, no carro pessoal de Caio Tokarski, uma minuta para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), com objetivo de “investigar os investigadores” da Operação Mensageiro.

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