Uma nova fase da Operação Seival teve início na manhã desta quinta-feira, dia 24. A força tarefa investiga crimes praticados na cidade de Laguna e no IPREV por empresários, servidores públicos e agentes políticos. Desde cedo a Polícia Civil cumpre mandados em endereços ligados a políticos da Cidade Juliana, incluindo prefeito e vereadores. As ordens foram expedidas pela Comarca de Laguna e pelo Tribunal de Justiça. Além de Laguna, esses mandados estão sendo cumpridos também em Tubarão, Capivari de Baixo, Imbituba, Imaruí, Navegantes, Florianópolis e Itajaí.
A primeira fase da operação foi deflagrada em 21 de novembro de 2017, cumprindo 76 ordens judiciais, sendo sete prisões preventivas, seis prisões temporárias, 25 mandados de condução coercitiva e 38 mandados de busca e apreensão e, ao final, três ações penais.
Desta vez, as investigações apuram também a participação de novos integrantes do grupo que possuem estreita ligação com as pessoas inicialmente investigadas pela polícia e denunciadas pelo Ministério Público. A investigação tenta identificar a notícia da existência de uma espécie de loteamento das secretarias municipais por meio de indicações políticas e recebimento de propina correspondente a parte dos valores das obras e serviços licitados nessas pastas.
Os investigadores analisam os vários contratos firmados pela prefeitura de Laguna com empresários que há anos prestam serviço na cidade, com indicativos de superfaturamento e inexecução das obras e serviços licitados, bem como fraudes a licitação no Iprev em 2016.
Entre os locais visitados estão as residências do prefeito de Laguna, Mauro Candemil (MDB), e de alguns vereadores. Os policiais também foram nos gabinetes na prefeitura e na Câmara Municipal, e em estabelecimentos comerciais que já haviam sido alvo da primeira operação três anos atrás. Os trabalhos seguem em andamento.
Os policiais cumprem cinco mandados de prisão preventiva, quatro mandados de prisão temporária, dez medidas de proibição de acesso à Câmara de Vereadores de Laguna, duas medidas de afastamento da função pública, 120 mandados de busca e apreensão expedidos pela Comarca de Laguna, Vara de Crimes Organizados da Capital e Tribunal de Justiça de Santa Catarina e oito cautelares de sequestro de bens, entre eles uma embarcação pesqueira.
Estão envolvidos aproximadamente 160 policiais civis, militares e rodoviários federais de Santa Catarina, além de peritos criminais. Prestaram apoio aos trabalhos também a Diretoria Polícia da Grande Florianópolis/DPGF, DECOR Capital, DECOR Blumenau, DECOR Tubarão, DRP de Tubarão e as Divisões de Investigação Criminal (DIC) de Tubarão, Criciúma e Itajaí.