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James Webb

Luiz Henrique

16 de janeiro de 2023

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O CAMINHO DOS ASTROS 135

 

JAMES WEBB

Nossa relação com as descobertas da mecânica quântica, iniciadas por volta de 1900, veio para mudar nossa relação com as coisas.

Pela mesma época nasceu James Edward Webb, que mais tarde veio a ser diretor da NASA, atuando durante os primeiros voos espaciais tripulados.

Esta é a origem do nome do maior e mais célebre telescópio construído pelo homem.

James Webb é considerado o sucessor do telescópio espacial Hubble, lançado em 1990. Ambos foram construídos para observar o chamado Espaço Profundo. A diferença é que o James Webb é capaz de enxergar fenômenos do espectro de luz em diferentes frequências.

Como é que funciona isto? Esse negócio de quanto mais longe se vê num telescópio, mais para trás se vai no tempo?

Isso se dá porque, existem lugares que, mesmo andando na velocidade da luz, levaria-se milhares de anos para chegar.

Existem luzes sendo captadas de lugares que existiam quando o universo tinha menos de um bilhão de anos, um bebê.

Nós só aparecemos uns doze, treze bilhões de anos depois.

Olhando-se para esses lugares tão distantes no espaço e no tempo, descobriu-se uma grande semelhança entre galáxias muito antigas e de estruturas também muito parecidas com as que temos, por aqui agora.

A ironia que fica aqui é de que, mesmo usando a mais avançada, das mais avançadas das tecnologias, nos dirigimos para o passado, como a serpente da mitologia, Ouroboros, que engole o próprio rabo, simbolizando o ciclo infinito da eternidade.

Estamos agora lambendo as feridas do nosso “antes”, mas sem saber ainda planejar o “depois”.

O desafio 2023 de sobreviver ao nosso próprio passado, nos lança diante da maldição da mulher de Ló, que olhou demais para trás e ficou presa no que viu.

Será que se alguém do outro lado do universo olhasse para cá, por um telescópio veria apenas estátuas de sal?

A nossa ignorância escorre a céu aberto, e o orgulho de alguns, cobriu a nós todos com sua falta de vergonha.

Apesar disso ser tão óbvio, deixou de ser evidente, dado o tamanho da arrogância de uma sociedade que vive como se não houvesse amanhã, e não haverá mesmo, se o respeito pela vida não voltar a ser prioritário.

Então, fica a lição do quanto de humanidade falta-nos como nação.

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JAMES WEBB

Nossa relação com as descobertas da mecânica quântica, iniciadas por volta de 1900, veio para mudar nossa relação com as coisas.

Pela mesma época nasceu James Edward Webb, que mais tarde veio a ser diretor da NASA, atuando durante os primeiros voos espaciais tripulados.

Esta é a origem do nome do maior e mais célebre telescópio construído pelo homem.

James Webb é considerado o sucessor do telescópio espacial Hubble, lançado em 1990. Ambos foram construídos para observar o chamado Espaço Profundo. A diferença é que o James Webb é capaz de enxergar fenômenos do espectro de luz em diferentes frequências.

Como é que funciona isto? Esse negócio de quanto mais longe se vê num telescópio, mais para trás se vai no tempo?

Isso se dá porque, existem lugares que, mesmo andando na velocidade da luz, levaria-se milhares de anos para chegar.

Existem luzes sendo captadas de lugares que existiam quando o universo tinha menos de um bilhão de anos, um bebê.

Nós só aparecemos uns doze, treze bilhões de anos depois.

Olhando-se para esses lugares tão distantes no espaço e no tempo, descobriu-se uma grande semelhança entre galáxias muito antigas e de estruturas também muito parecidas com as que temos, por aqui agora.

A ironia que fica aqui é de que, mesmo usando a mais avançada, das mais avançadas das tecnologias, nos dirigimos para o passado, como a serpente da mitologia, Ouroboros, que engole o próprio rabo, simbolizando o ciclo infinito da eternidade.

Estamos agora lambendo as feridas do nosso “antes”, mas sem saber ainda planejar o “depois”.

O desafio 2023 de sobreviver ao nosso próprio passado, nos lança diante da maldição da mulher de Ló, que olhou demais para trás e ficou presa no que viu.

Será que se alguém do outro lado do universo olhasse para cá, por um telescópio veria apenas estátuas de sal?

A nossa ignorância escorre a céu aberto, e o orgulho de alguns, cobriu a nós todos com sua falta de vergonha.

Apesar disso ser tão óbvio, deixou de ser evidente, dado o tamanho da arrogância de uma sociedade que vive como se não houvesse amanhã, e não haverá mesmo, se o respeito pela vida não voltar a ser prioritário.

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