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Tubarão deve fechar as portas até dezembro e retorno das atividades não é garantido, diz Abel Ribeiro

Caio Maximiano

20 de agosto de 2021

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Foto: Willian Lampert | CA Tubarão

O início da parceria com a K2 Soccer foi bastante benéfico ao Tubarão. O crescimento visível da estrutura do clube e a profissionalização do futebol fizeram com que o clube tivesse voos altos entre 2016 e 2018 e gerasse uma grande expectativa em seu torcedor. O acesso à primeira divisão, a conquista da Copa Santa Catarina no ano seguinte (2017), o 3° lugar no Catarinense, vagas inéditas para a cidade na Série D e na Copa do Brasil em 2018 e participações na Copa São Paulo, foram alguns dos acontecimentos que fizeram a equipe de nome homônimo à cidade chamar a atenção no cenário estadual e nacional. No entanto, os projetos ambiciosos, sendo o principal ‘estar na Série B do Campeonato Brasileiro até 2025’, caíram por terra nos últimos anos. Um dos principais motivos, sem dúvida alguma, deve-se à falta de comprometimento — diga-se investimento — da empresa que gere o clube. Os atrasos salariais viraram rotina e a saúde financeira do clube acabou indo para o espaço. O reflexo disso tudo, claro, começou a aparecer dentro de campo.

Neste último ano, o Tubarão acumulou desempenhos ruins nas competições disputadas: último lugar na Série A do Catarinense, uma péssima campanha na Série D e um vexame na Copa Santa Catarina, onde não conseguiu conquistar uma vitória sequer. Os fatos levaram o clube praticamente à estaca zero de quando havia iniciado a parceria com a K2: sem renda e na Série B do Catarinense. Esse ‘filme de terror’, pelo visto, parece longe de acabar, a depender do ponto de vista de cada um. As fortes declarações do técnico e diretor de futebol Abel Ribeiro, em entrevista à Rádio Cidade 103.7FM, na manhã desta sexta-feira (20), deixam claro que a situação do Tubarão é muito mais complicada do que parece ser. Abel Ribeiro frisou que o clube deve fechar as portas por tempo indeterminado e que não garante que o clube retorna, seja com ou sem a administração da K2. O contrato assinado em 2015, prevê a parceria entre o clube e a empresa até 2035, prorrogáveis por mais 20 anos.

“Depois do dia 12, como o Tubarão não vai disputar mais nenhuma competição esse ano, o que recebemos da empresa e do presidente (Joca Zapoli) é que o Tubarão vai fechar as portas até o fim da temporada. Se vai voltar sendo administrado pela empresa (K2), ou se vai voltar para o futebol, não tenho certeza nenhuma ainda”, disse o técnico.

Questionado sobre a possibilidade do clube não retornar mais após o período sem atividades, Abel Ribeiro respondeu que diante do cenário que o clube se encontra, a tendência é essa. “Lógico que ainda não temos a convicção do que a empresa pensa a partir do dia 12 (de setembro) em diante. Por isso é importante trabalharmos no dia a dia a permanência na Série B. Queríamos outra situação (o acesso), mas não foi possível. Mas, certeza de que vai ter futebol lá na frente ou se o Tubarão vai continuar sendo administrado pela empresa, é uma situação ainda em aberto para nós”.

Em emtrevista, Abel Ribeiro comentou sobre a possibilidade do Tubarão “fechar as portas”. Foto: William Lampert | CA Tubarão

Devido à questão financeira, o Tubarão optou por não participar de competições de base (Catarinense sub-17 e sub-20) e da Copa Santa Catarina, previstas para iniciar no próximo mês. Sem calendário a partir do dia 12 de setembro, quando a Série B do Catarinense se encerra, a tendência é de que os jogadores e funcionários sejam desligados do clube. Abel Ribeiro é um dos que não deve permanecer no clube após o fim da Série B do Catarinense. Abel também confidenciou que nos seus próximos desafios, deve voltar ao cargo de técnico. Nas últimas temporadas, ele exerceu cargos na gestão do futebol, tanto no Cuiabá quanto no Tubarão. Sua volta à casamata após quase dois anos ocorreu no mês passado, para substituir o técnico Isaque Pereira, demitido na 7ª rodada. Por já conhecer o grupo de atletas, as partes entraram em consenso para que ele seguisse no comando após dois jogos como técnico-interino.

“Não (sobre se fica no clube). Provavelmente, após o final da competição, a empresa deve liberar todos os funcionários e atletas. Os jogadores que têm contrato serão colocados no mercado. Somente uma determinação da empresa (K2) vai poder dizer se continua ou não o projeto, se os funcionários continuam trabalhando. Agora já não cabe mais a nossa vontade ou a de qualquer outro funcionário, só o que a empresa vai decidir”, enfatizou o treinador da equipe tricolor. 

Apesar dos problemas que inviabilizam o clube, Abel espera manter a boa fase da equipe na reta final da Série B do Catarinense. Sem perder a quatro jogos (duas vitórias e dois empates), o Tubarão está bem perto de garantir sua permanência na segundona catarinense, o objetivo almejado pelo clube após o início ruim na competição. O treinador espera um bom resultado já no domingo (21), contra o Inter de Lages, no Domingos Gonzalez. Além do Leão Baio, o Tubarão ainda terá pela frente, em menos de um mês, os confrontos contra Camboriú (casa), Barra (fora), Nação (casa), Atlético Catarinense (fora) e Guarani de Palhoça (casa). Com chances remotas de acesso, o Tubarão ocupa a 6ª colocação com 13 pontos.

Na manhã deste sábado (21), um dia após a a entrevista de Abel Ribeiro à Rádio Cidade Tubarão 103.7FM, o Tubarão emitiu uma nota oficial em suas redes sociais. Leia na íntegra:

“O Clube Atlético Tubarão esclarece que após a Série B do Campeonato Catarinense será realizada uma reestruturação do Clube com o planejamento do restante do ano e da temporada 2022. O objetivo é organizar o retorno das categorias de base (sub-20, sub-17 e sub-15), a retomada do Certificado de Clube Formador da CBF e também o futebol profissional para o próximo ano”.

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Foto: Willian Lampert | CA Tubarão

O início da parceria com a K2 Soccer foi bastante benéfico ao Tubarão. O crescimento visível da estrutura do clube e a profissionalização do futebol fizeram com que o clube tivesse voos altos entre 2016 e 2018 e gerasse uma grande expectativa em seu torcedor. O acesso à primeira divisão, a conquista da Copa Santa Catarina no ano seguinte (2017), o 3° lugar no Catarinense, vagas inéditas para a cidade na Série D e na Copa do Brasil em 2018 e participações na Copa São Paulo, foram alguns dos acontecimentos que fizeram a equipe de nome homônimo à cidade chamar a atenção no cenário estadual e nacional. No entanto, os projetos ambiciosos, sendo o principal ‘estar na Série B do Campeonato Brasileiro até 2025’, caíram por terra nos últimos anos. Um dos principais motivos, sem dúvida alguma, deve-se à falta de comprometimento — diga-se investimento — da empresa que gere o clube. Os atrasos salariais viraram rotina e a saúde financeira do clube acabou indo para o espaço. O reflexo disso tudo, claro, começou a aparecer dentro de campo.

Neste último ano, o Tubarão acumulou desempenhos ruins nas competições disputadas: último lugar na Série A do Catarinense, uma péssima campanha na Série D e um vexame na Copa Santa Catarina, onde não conseguiu conquistar uma vitória sequer. Os fatos levaram o clube praticamente à estaca zero de quando havia iniciado a parceria com a K2: sem renda e na Série B do Catarinense. Esse ‘filme de terror’, pelo visto, parece longe de acabar, a depender do ponto de vista de cada um. As fortes declarações do técnico e diretor de futebol Abel Ribeiro, em entrevista à Rádio Cidade 103.7FM, na manhã desta sexta-feira (20), deixam claro que a situação do Tubarão é muito mais complicada do que parece ser. Abel Ribeiro frisou que o clube deve fechar as portas por tempo indeterminado e que não garante que o clube retorna, seja com ou sem a administração da K2. O contrato assinado em 2015, prevê a parceria entre o clube e a empresa até 2035, prorrogáveis por mais 20 anos.

“Depois do dia 12, como o Tubarão não vai disputar mais nenhuma competição esse ano, o que recebemos da empresa e do presidente (Joca Zapoli) é que o Tubarão vai fechar as portas até o fim da temporada. Se vai voltar sendo administrado pela empresa (K2), ou se vai voltar para o futebol, não tenho certeza nenhuma ainda”, disse o técnico.

Questionado sobre a possibilidade do clube não retornar mais após o período sem atividades, Abel Ribeiro respondeu que diante do cenário que o clube se encontra, a tendência é essa. “Lógico que ainda não temos a convicção do que a empresa pensa a partir do dia 12 (de setembro) em diante. Por isso é importante trabalharmos no dia a dia a permanência na Série B. Queríamos outra situação (o acesso), mas não foi possível. Mas, certeza de que vai ter futebol lá na frente ou se o Tubarão vai continuar sendo administrado pela empresa, é uma situação ainda em aberto para nós”.

Em emtrevista, Abel Ribeiro comentou sobre a possibilidade do Tubarão “fechar as portas”. Foto: William Lampert | CA Tubarão

Devido à questão financeira, o Tubarão optou por não participar de competições de base (Catarinense sub-17 e sub-20) e da Copa Santa Catarina, previstas para iniciar no próximo mês. Sem calendário a partir do dia 12 de setembro, quando a Série B do Catarinense se encerra, a tendência é de que os jogadores e funcionários sejam desligados do clube. Abel Ribeiro é um dos que não deve permanecer no clube após o fim da Série B do Catarinense. Abel também confidenciou que nos seus próximos desafios, deve voltar ao cargo de técnico. Nas últimas temporadas, ele exerceu cargos na gestão do futebol, tanto no Cuiabá quanto no Tubarão. Sua volta à casamata após quase dois anos ocorreu no mês passado, para substituir o técnico Isaque Pereira, demitido na 7ª rodada. Por já conhecer o grupo de atletas, as partes entraram em consenso para que ele seguisse no comando após dois jogos como técnico-interino.

“Não (sobre se fica no clube). Provavelmente, após o final da competição, a empresa deve liberar todos os funcionários e atletas. Os jogadores que têm contrato serão colocados no mercado. Somente uma determinação da empresa (K2) vai poder dizer se continua ou não o projeto, se os funcionários continuam trabalhando. Agora já não cabe mais a nossa vontade ou a de qualquer outro funcionário, só o que a empresa vai decidir”, enfatizou o treinador da equipe tricolor. 

Apesar dos problemas que inviabilizam o clube, Abel espera manter a boa fase da equipe na reta final da Série B do Catarinense. Sem perder a quatro jogos (duas vitórias e dois empates), o Tubarão está bem perto de garantir sua permanência na segundona catarinense, o objetivo almejado pelo clube após o início ruim na competição. O treinador espera um bom resultado já no domingo (21), contra o Inter de Lages, no Domingos Gonzalez. Além do Leão Baio, o Tubarão ainda terá pela frente, em menos de um mês, os confrontos contra Camboriú (casa), Barra (fora), Nação (casa), Atlético Catarinense (fora) e Guarani de Palhoça (casa). Com chances remotas de acesso, o Tubarão ocupa a 6ª colocação com 13 pontos.

Na manhã deste sábado (21), um dia após a a entrevista de Abel Ribeiro à Rádio Cidade Tubarão 103.7FM, o Tubarão emitiu uma nota oficial em suas redes sociais. Leia na íntegra:

“O Clube Atlético Tubarão esclarece que após a Série B do Campeonato Catarinense será realizada uma reestruturação do Clube com o planejamento do restante do ano e da temporada 2022. O objetivo é organizar o retorno das categorias de base (sub-20, sub-17 e sub-15), a retomada do Certificado de Clube Formador da CBF e também o futebol profissional para o próximo ano”.

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