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Segunda reportagem da Record TV repercute movimentações da empresa-gestora do Tubarão

Caio Maximiano

19 de abril de 2022

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Equipe da Record TV esteve em Tubarão e registrou imagens do Estádio Domingos González. Foto:

Nesta terça-feira (19), o Fala Brasil, telejornal da Record TV, exibiu a segunda parte da reportagem que apresenta denúncias aos proprietários do Grupo Baltoro, empresa que administra o Tubarão desde 2015 através da K2 Soccer S.A. O sul-coreano Ung Zoo Kim, presidente do Grupo Baltoro e o vice-presidente Roberto Minuzzi, que no início deste ano assumiu a presidência executiva do Tubarão, são acusados de cometer estelionato e crimes contra o consumidor.

De acordo com a reportagem, o Tubarão SPE responde à 73 ações que foram movidas contra o clube. A assessoria da K2 Soccer, em nota à Record TV, comunicou que 20% dessas ações já estão com acordos individuais pagos ou possuem negociação em andamento.

Uma outra informação apresentada pelo Fala Brasil diz respeito ao ao meia-atacante Luan, do Corinthians. Em um contrato assinado em 2014, a K2 Soccer alega ter investido na aquisição de 10% dos direitos econômicos do jogador, que na época atuava no Grêmio. A expectativa da empresa era de que o atleta rendesse um retorno alto caso fosse negociado para o exterior.

Em resposta à reportagem da Record TV, o staff de Luan disse não ter informações sobre a suposta parceria com a K2.

Staff de Luan diz não ter informações sobre a participação da K2 Soccer nos direitos econômicos do jogador. Foto: Rodrigo Coca / Ag.Corinthians

Uma das vítimas do suposto esquema de estelionato que envolve o Tubarão seria um investidor americano, que obteve informações de que o investimento no Tubarão lhe renderia uma remuneração garantida com lucro de 2% ao mês. Ele investiu 300 mil dólares. Professor nos Estados Unidos, o homem não teria obtido o retorno ao tentar resgatar o dinheiro. À época, a empresa informou que não dispunha de recursos para efetuar o pagamento.

Com uma câmera escondida, os repórteres da Record TV visitaram uma charutaria de luxo pertencente ao Grupo Baltoro no Rio Grande do Sul. O empreendimento fica localizado numa área nobre de Porto Alegre e atrai clientes de outros estados e países. De acordo com a matéria, um investidor suíço teria investido US$ 200 mil dólares após uma reunião localizada na charutaria. Ele também teria indicado investidores europeus à empresa. Estes, também teriam sido enganados e não obtiveram retorno dos investimentos realizados.

Neste caso envolvendo estrangeiros, uma das armadilhas do Grupo Baltoro foi colocar uma cláusula para que os possíveis processos corram no país de origem das vítimas. Na prática, a defesa da vítima é dificultada. Outra armadilha utilizada nos contratos é de que em caso de conflitos, o problema precisa ser resolvido numa Câmara Arbitral, uma espécie de justiça particular, que faz com que as soluções sejam mais caras do que se fossem resolvidas na justiça comum.

À procura de Ung Zoo Kim e Roberto Minuzzi, a reportagem da Record TV teve acesso ao escritório do Grupo Baltoro, em Porto Alegre. A equipe foi recebida por outras pessoas, mas foram embora sem conseguir contato com os executivos, que não estavam no local. Kim e Minuzzi também não atenderam às ligações telefônicas. Em Florianópolis, a Polícia e a equipe da emissora paulista encontraram a sede da K2 Soccer fechada.

Em nota, a assessoria de imprensa de Ung Zoo Kim se manifestou, informando que o empresário sul-coreano tomou conhecimento do inquérito policial — que apura o crime de estelionato praticado contra um investidor americano — há poucos dias e que Kim já se colocou à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos e apresentar os documentos necessários a fim de provar que as denúncias contra ele não procedem.

No último final de semana, K2 Soccer entrou contato com o volante Wellington, do Fluminense. O jogador, que investiu R$1,5 milhão no clube tubaronense no fim de 2018, com a garantia de que teria um retorno de 108% após três anos, não obteve o retorno financeiro quando tentou resgatar os valores. Segundo o advogado do meio-campista, um acordo entre as partes já foi fechado.

O volante Wellington e a K2 Soccer entraram em acordo no último final de semana. Foto: Lucas Merçon / Fluminense

As investigações da Polícia contra o presidente e o vice-presidente do Grupo Baltoro continuam.

Por fim, questionado pela reportagem da Record TV sobre o que pode acontecer caso o Tubarão não receba um aporte da K2 Soccer para dar andamento ao clube, o presidente associativo do Tubarão, Gilmar Negro Machado, o Cascão, respondeu. “É uma coisa que vamos deixar para o nosso jurídico resolver judicialmente. Se não chegar o aporte, não tem como tocar. O clube não vai fechar as portas por causa disso”, disse.

<<<<< Assista na íntegra a primeira parte da reportagem sobre a K2 Soccer >>>>>>>>>>>>

<<<<< Assista na íntegra a segunda parte da reportagem sobre a K2 Soccer >>>>>>>>>>>>

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Equipe da Record TV esteve em Tubarão e registrou imagens do Estádio Domingos González. Foto:

Nesta terça-feira (19), o Fala Brasil, telejornal da Record TV, exibiu a segunda parte da reportagem que apresenta denúncias aos proprietários do Grupo Baltoro, empresa que administra o Tubarão desde 2015 através da K2 Soccer S.A. O sul-coreano Ung Zoo Kim, presidente do Grupo Baltoro e o vice-presidente Roberto Minuzzi, que no início deste ano assumiu a presidência executiva do Tubarão, são acusados de cometer estelionato e crimes contra o consumidor.

De acordo com a reportagem, o Tubarão SPE responde à 73 ações que foram movidas contra o clube. A assessoria da K2 Soccer, em nota à Record TV, comunicou que 20% dessas ações já estão com acordos individuais pagos ou possuem negociação em andamento.

Uma outra informação apresentada pelo Fala Brasil diz respeito ao ao meia-atacante Luan, do Corinthians. Em um contrato assinado em 2014, a K2 Soccer alega ter investido na aquisição de 10% dos direitos econômicos do jogador, que na época atuava no Grêmio. A expectativa da empresa era de que o atleta rendesse um retorno alto caso fosse negociado para o exterior.

Em resposta à reportagem da Record TV, o staff de Luan disse não ter informações sobre a suposta parceria com a K2.

Staff de Luan diz não ter informações sobre a participação da K2 Soccer nos direitos econômicos do jogador. Foto: Rodrigo Coca / Ag.Corinthians

Uma das vítimas do suposto esquema de estelionato que envolve o Tubarão seria um investidor americano, que obteve informações de que o investimento no Tubarão lhe renderia uma remuneração garantida com lucro de 2% ao mês. Ele investiu 300 mil dólares. Professor nos Estados Unidos, o homem não teria obtido o retorno ao tentar resgatar o dinheiro. À época, a empresa informou que não dispunha de recursos para efetuar o pagamento.

Com uma câmera escondida, os repórteres da Record TV visitaram uma charutaria de luxo pertencente ao Grupo Baltoro no Rio Grande do Sul. O empreendimento fica localizado numa área nobre de Porto Alegre e atrai clientes de outros estados e países. De acordo com a matéria, um investidor suíço teria investido US$ 200 mil dólares após uma reunião localizada na charutaria. Ele também teria indicado investidores europeus à empresa. Estes, também teriam sido enganados e não obtiveram retorno dos investimentos realizados.

Neste caso envolvendo estrangeiros, uma das armadilhas do Grupo Baltoro foi colocar uma cláusula para que os possíveis processos corram no país de origem das vítimas. Na prática, a defesa da vítima é dificultada. Outra armadilha utilizada nos contratos é de que em caso de conflitos, o problema precisa ser resolvido numa Câmara Arbitral, uma espécie de justiça particular, que faz com que as soluções sejam mais caras do que se fossem resolvidas na justiça comum.

À procura de Ung Zoo Kim e Roberto Minuzzi, a reportagem da Record TV teve acesso ao escritório do Grupo Baltoro, em Porto Alegre. A equipe foi recebida por outras pessoas, mas foram embora sem conseguir contato com os executivos, que não estavam no local. Kim e Minuzzi também não atenderam às ligações telefônicas. Em Florianópolis, a Polícia e a equipe da emissora paulista encontraram a sede da K2 Soccer fechada.

Em nota, a assessoria de imprensa de Ung Zoo Kim se manifestou, informando que o empresário sul-coreano tomou conhecimento do inquérito policial — que apura o crime de estelionato praticado contra um investidor americano — há poucos dias e que Kim já se colocou à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos e apresentar os documentos necessários a fim de provar que as denúncias contra ele não procedem.

No último final de semana, K2 Soccer entrou contato com o volante Wellington, do Fluminense. O jogador, que investiu R$1,5 milhão no clube tubaronense no fim de 2018, com a garantia de que teria um retorno de 108% após três anos, não obteve o retorno financeiro quando tentou resgatar os valores. Segundo o advogado do meio-campista, um acordo entre as partes já foi fechado.

O volante Wellington e a K2 Soccer entraram em acordo no último final de semana. Foto: Lucas Merçon / Fluminense

As investigações da Polícia contra o presidente e o vice-presidente do Grupo Baltoro continuam.

Por fim, questionado pela reportagem da Record TV sobre o que pode acontecer caso o Tubarão não receba um aporte da K2 Soccer para dar andamento ao clube, o presidente associativo do Tubarão, Gilmar Negro Machado, o Cascão, respondeu. “É uma coisa que vamos deixar para o nosso jurídico resolver judicialmente. Se não chegar o aporte, não tem como tocar. O clube não vai fechar as portas por causa disso”, disse.

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