Uma das maiores dificuldades humanas, é o péssimo hábito de julgar o comportamento alheio. Além de prejudicar as relações entre as pessoas que vivem em um mesmo ambiente, tal comportamento é por si só prejudicial para a própria pessoa que o emite.
Já no início do século passado, Sigmund Freud, pai da Psicanálise e um dos grandes expoentes da Psicologia, afirmara “O homem é dono do que cala e escravo do que fala. Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro do que Paulo…”.
Ao contrario do que se pensa, emitir um (pré-) julgamento da vida do outro, ir criticando os outros mesmo que ingenuamente, procurando expressar algum sentimento ou opinião sobre determinado assunto, faz com que a pessoa se torna “refém” dessa situação.
Em geral, a pessoa comenta algo que considera um erro, imoral, colocando-se acima dos demais, como se tal situação não pudesse acontecer em sua vida, como se estivesse num patamar acima das demais pessoas. Porém, a vida poderia ser muito melhor, a sociedade poderia ser muito mais humana, solidária e feliz, se não houvesse aqueles que quisessem ser melhores que os outros.
Dizer o que pensa e sente sobre determinado tema é muito diferente de comentar sobre o comportamento do outro, o que em geral as pessoas confundem. Muitas vezes, as pessoas são prejudicadas seja profissionalmente ou nas relações, em função dos (pré-) julgamentos.
Como forma de evitar os julgamentos, é importante meditar sobre a história das “Três peneiras”, veiculada em muitos sites na Internet.
“Um homem, procurou um sábio e disse-lhe:
– Preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de… Nem chegou a terminar a frase, quando Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou: – Espere um pouco. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras? – Peneiras? Que peneiras? – Sim. A primeira é a da verdade. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro? – Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram! – Então suas palavras já vazaram a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira: a bondade. O que vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito? – Não! Absolutamente, não! – Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira. Vamos agora para a terceira peneira: a necessidade. Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa? – Não… Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar. E o sábio sorrindo concluiu: – Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz! Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras porque: Pessoas sábias falam sobre idéias; Pessoas comuns falam sobre coisas; Pessoas medíocres falam sobre pessoas.”