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Patrícia Pozza: Isolamento social, consequências psicológicas

infosul

21 de março de 2020

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Hoje se sabe que a prática do isolamento como forma de intervir e controlar infecções é essencial. Contudo seus benefícios à um grande grupo não isenta de efeitos indesejáveis seja ao paciente que foi isolado ou à comunidade, como no caso atual da pandemia do coronavírus (COVID-19).

Embora nem sempre o isolamento esteja associado a experiência negativa, a maioria dos estudos nesta área mostra um impacto negativo da restrição do contato social, indicando a presença de sintomas de ansiedade e depressão na população que passa por essa restrição, bem como, sentimentos de raiva e a expressão de sensações de confinamento e solidão.

A razão por trás dos efeitos psicologicamente negativos do isolamento decorre da sensação de perda de controle por parte das pessoas que, além de enfrentar a mudança de rotina em função do restrição social, acabam privadas dos benefícios da interação com os outros. Sem contar o estigma daquele que de fato foi contaminado pelo vírus, da vivência da doença infectocontagiosa e a interrupção do fluxo de contato até com os familiares.

Silenciosamente, há o estresse emocional relacionado a possibilidade do contágio da infecção dos que tem que manter o seu trabalho em benefício da população e do paciente, mesmo correndo o risco do contágio como: profissionais da limpeza, saúde, segurança, e outros serviços básicos.

Embora necessária como forma de intervenção para a saúde pública no momento atual, a política de isolamento pouco discorre sobre os impactos emocionais da privação de contato em nossa comunidade e sobre as dificuldades emocionais dos profissionais que auxiliam a manter tal medida.

A prática da psicologia, tem a possibilidade de contribuir para a assistência da pessoa em confinamento, tanto pelo suporte psicológico oferecido, mesmo que a distância, como através de atividades educativas à comunidade e aos profissionais que direta ou indiretamente estão envolvidos.

O controle da infecção é extremamente importante no que se refere aos cuidados com a saúde individual e coletiva pois se vive momento declarado de contaminação comunitária. Porém, é importante ainda minimizar o estresse emocional relacionado ao isolamento e à possibilidade do contágio da infecção, inclusive aos profissionais que a combatem.

Esse texto é de responsabilidade do autor e o espaço neste site é cedido ao mesmo. O Infosul não se responsabiliza pelas informações contidas aqui. Sugestões, críticas ou elogios podem ser enviados para o e-mail: redacao@portalinfosul.com.br.

Participe do nosso grupo de WhatsApp: https://chat.whatsapp.com/IXhqnkE5fa30TJd1Yu8IW7

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Embora nem sempre o isolamento esteja associado a experiência negativa, a maioria dos estudos nesta área mostra um impacto negativo da restrição do contato social, indicando a presença de sintomas de ansiedade e depressão na população que passa por essa restrição, bem como, sentimentos de raiva e a expressão de sensações de confinamento e solidão.

A razão por trás dos efeitos psicologicamente negativos do isolamento decorre da sensação de perda de controle por parte das pessoas que, além de enfrentar a mudança de rotina em função do restrição social, acabam privadas dos benefícios da interação com os outros. Sem contar o estigma daquele que de fato foi contaminado pelo vírus, da vivência da doença infectocontagiosa e a interrupção do fluxo de contato até com os familiares.

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Embora necessária como forma de intervenção para a saúde pública no momento atual, a política de isolamento pouco discorre sobre os impactos emocionais da privação de contato em nossa comunidade e sobre as dificuldades emocionais dos profissionais que auxiliam a manter tal medida.

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O controle da infecção é extremamente importante no que se refere aos cuidados com a saúde individual e coletiva pois se vive momento declarado de contaminação comunitária. Porém, é importante ainda minimizar o estresse emocional relacionado ao isolamento e à possibilidade do contágio da infecção, inclusive aos profissionais que a combatem.

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