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Marcele Bressane: eu prometo não prometer mais

Marcele Bressane

19 de outubro de 2020

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Foto: reprodução

Quem não fez uma promessinha nessa quarentena que atire a primeira pedra. Teve promessa de emagrecimento, de ser mais produtiva, de emprego novo, emprego velho. E a mais clássica, vir logo a vacina! Essas promessas podem acontecer de todas as formas e para todos os santos e santas. Algumas pessoas fazem a promessa em alto e bom som, outras têm vergonha e fazem no silêncio da noite em sua cama confidencial. Mas uma coisa há em todas as promessas, a penitência!

“Se eu conseguir um novo emprego, eu paro de tomar refrigerante”.

“Se eu conseguir um namorado, eu nunca mais deixarei de ir para academia”

Percebem, que sempre tem algo que você não gostaria de fazer ou que nunca fez, só para ter em troca algo que queres muito? Por que nós, seres humanos, somos tão condicionados a fazer estas trocas? Parece que tem algo em nosso cérebro que diz que para ter algo bom é necessário dar algo para aquele santo. Como no filme do Auto da Compadecida, em que no purgatório, era visto todos os erros da pessoa e decidia-se se ela ia para o céu ou inferno. Ou seja, sempre estamos olhando para a troca, se eu fizer isso, ganho o céu. Se eu fizer aquilo, ganho o inferno.

E isso é desde a nossa infância. Aprendemos com os nossos pais, que precisamos comer (algo que não queríamos) para poder jogar vídeo game (algo que queríamos muuuuuuito). Que só poderíamos ir na casa do amigo, depois de terminar a tarefa. Gravamos que precisamos fazer algo ruim para ganhar o presente. Que precisamos nos comportar o ano inteiro, algo que é impossível para as crianças e para nós adultos, para só assim receber a visita do bom velhinho no final do ano recheado de presentes. Assim, grava em nós a responsabilidade de sempre ter algo duro e impossível em nossas vidas. E isso levamos para relacionamentos, para o trabalho. E para as nossas queridas e impossíveis promessas.

Não peço para você, fã de promessas, parar! Não, continue. Querer realizar sonhos, ter objetivos grandes, que parecem que não vamos alcançar (vem, vacina!) são excelentes. Mas pare de se punir para conseguir algo. Prometa algo bom para você!

“Se eu conseguir um novo emprego, eu me esforçarei para ser uma profissional melhor”

“Se eu conseguir um namorado, eu não deixarei de sair com as minhas amigas”

Você percebe a mudança? Há o pedido, mas há o carinho, há coisas boas. E algo relacionado com o pedido. Não peço um namorado e vou dar uma academia. Ou um emprego e darei meu refrigerante. Seria igual pedir para o padeiro, um papel higiênico. E sim, peço para meus santos e santas o que quero e darei de presente para mim e para os envolvimentos, amor que tenha a ver com o pedido e que todos saíram felizes.

Se ame mais e acredite que você merece mais. E, por favor, chegue logo vacina (continue fazendo essa promessa).

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Marcele Bressane

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Quem não fez uma promessinha nessa quarentena que atire a primeira pedra. Teve promessa de emagrecimento, de ser mais produtiva, de emprego novo, emprego velho. E a mais clássica, vir logo a vacina! Essas promessas podem acontecer de todas as formas e para todos os santos e santas. Algumas pessoas fazem a promessa em alto e bom som, outras têm vergonha e fazem no silêncio da noite em sua cama confidencial. Mas uma coisa há em todas as promessas, a penitência!

“Se eu conseguir um novo emprego, eu paro de tomar refrigerante”.

“Se eu conseguir um namorado, eu nunca mais deixarei de ir para academia”

Percebem, que sempre tem algo que você não gostaria de fazer ou que nunca fez, só para ter em troca algo que queres muito? Por que nós, seres humanos, somos tão condicionados a fazer estas trocas? Parece que tem algo em nosso cérebro que diz que para ter algo bom é necessário dar algo para aquele santo. Como no filme do Auto da Compadecida, em que no purgatório, era visto todos os erros da pessoa e decidia-se se ela ia para o céu ou inferno. Ou seja, sempre estamos olhando para a troca, se eu fizer isso, ganho o céu. Se eu fizer aquilo, ganho o inferno.

E isso é desde a nossa infância. Aprendemos com os nossos pais, que precisamos comer (algo que não queríamos) para poder jogar vídeo game (algo que queríamos muuuuuuito). Que só poderíamos ir na casa do amigo, depois de terminar a tarefa. Gravamos que precisamos fazer algo ruim para ganhar o presente. Que precisamos nos comportar o ano inteiro, algo que é impossível para as crianças e para nós adultos, para só assim receber a visita do bom velhinho no final do ano recheado de presentes. Assim, grava em nós a responsabilidade de sempre ter algo duro e impossível em nossas vidas. E isso levamos para relacionamentos, para o trabalho. E para as nossas queridas e impossíveis promessas.

Não peço para você, fã de promessas, parar! Não, continue. Querer realizar sonhos, ter objetivos grandes, que parecem que não vamos alcançar (vem, vacina!) são excelentes. Mas pare de se punir para conseguir algo. Prometa algo bom para você!

“Se eu conseguir um novo emprego, eu me esforçarei para ser uma profissional melhor”

“Se eu conseguir um namorado, eu não deixarei de sair com as minhas amigas”

Você percebe a mudança? Há o pedido, mas há o carinho, há coisas boas. E algo relacionado com o pedido. Não peço um namorado e vou dar uma academia. Ou um emprego e darei meu refrigerante. Seria igual pedir para o padeiro, um papel higiênico. E sim, peço para meus santos e santas o que quero e darei de presente para mim e para os envolvimentos, amor que tenha a ver com o pedido e que todos saíram felizes.

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