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Marcele Bressane: A “perfeição” de Chorão

Marcele Bressane

16 de agosto de 2021

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Foto: divulgação

Ontem assisti um documentário que até agora está me balançando muito! O documentário: Chorão – marginal alado. Conta a história do Chorão, vocalista, empresário, compositor da banda Charlie Brown Junior. Banda a qual fez sucesso por mais de vinte anos, mas com a morte precoce de Chorão, finaliza. Essa banda marcou uma geração, me marcou. As letras, a forma de cantar, ainda me arrepiam. Me fazem repensar tudo. É incrível como um cantor pode fazer isto conosco. Chorão era intenso. Intenso nos versos, no palco, nas relações, nos amores, no ódio, nas drogas. Intenso na vida. Chorão viveu como se não tivesse o amanhã e acredito que para astros que nem ele, o hoje sempre será lembrado. Chorão nunca morrerá.

Hoje na academia, conto sobre este documentário e escuto vários comentários, que vão de amor à ódio ao Chorão. E acredito que ele amava isso, amava ser diferente, e o que queria era causar esse impacto nas pessoas, bom ou ruim. Entretanto, a única coisa que não podemos dizer é que ele não marcou. Bom ou ruim (algo que não acredito que exista), Chorão foi único.

Contudo, o que deixa muito claro neste documentário, é que o Chorão se mostrava um homem extremamente forte, capaz de carregar uma banda inteira. Mas, percebemos em seu fim, que ele não estava bem, e não estava a muito tempo, só não conseguia pedir ajuda. E é nisto que precisamos conversar. O quanto queremos nos mostrar uma fortaleza e não aceitamos que outras pessoas podem vir e nos ajudar. Não aceitamos terapia pois nela iremos receber um olhar e um cuidado de um terceiro. Não aceitamos carinho, não aceitamos mostrar a fragilidade que todos nós temos. Quando vamos perceber que não há fortalezas, e sim, há muros que construímos para fingir uma força inexistente?

Chorão foi se afundando, se perdendo, até que não conseguiu mais respirar no meio de tudo. E quantas vezes sentimos isso? Abafamento em consequência de um choro engolido? Dores no corpo após não ter dito tudo que queríamos? Não dá para fingirmos, o corpo mostra!

Sei que é difícil nos abrirmos, nossa sociedade nos ensina ao contrário. Que precisamos nos fechar, quem é mais forte que ganha. Vemos isso nas olímpiadas. Torcemos para a pessoa dar o suor, dar o máximo dela, mesmo que isso requeira machucados, estresses. Estamos acostumados a pensar que só iremos conquistar algo, se nos perdermos no meio, se perdemos nossa saúde. Nossa cultura nos faz sermos infelizes só para conquistarmos um pódio desnecessário e inexistente.

Você não precisa ser ótimo para os outros, seja com você. Sempre falo no consultório: seja legal contigo, primeiramente. Seja bom e seu amigo. Depois pensamos nos outros. Não é egoísmo, é saúde mental. Aceite ajuda e dê ajuda. Aceite perder e não brigue com os outros pelas perdas deles. Aceite não ser perfeito e não cobre dos outros esta perfeição.

Que a mente do Chorão sempre seja um excelente e que a vida dele seja inesquecível, acho isso que ele gostaria.

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Ontem assisti um documentário que até agora está me balançando muito! O documentário: Chorão – marginal alado. Conta a história do Chorão, vocalista, empresário, compositor da banda Charlie Brown Junior. Banda a qual fez sucesso por mais de vinte anos, mas com a morte precoce de Chorão, finaliza. Essa banda marcou uma geração, me marcou. As letras, a forma de cantar, ainda me arrepiam. Me fazem repensar tudo. É incrível como um cantor pode fazer isto conosco. Chorão era intenso. Intenso nos versos, no palco, nas relações, nos amores, no ódio, nas drogas. Intenso na vida. Chorão viveu como se não tivesse o amanhã e acredito que para astros que nem ele, o hoje sempre será lembrado. Chorão nunca morrerá.

Hoje na academia, conto sobre este documentário e escuto vários comentários, que vão de amor à ódio ao Chorão. E acredito que ele amava isso, amava ser diferente, e o que queria era causar esse impacto nas pessoas, bom ou ruim. Entretanto, a única coisa que não podemos dizer é que ele não marcou. Bom ou ruim (algo que não acredito que exista), Chorão foi único.

Contudo, o que deixa muito claro neste documentário, é que o Chorão se mostrava um homem extremamente forte, capaz de carregar uma banda inteira. Mas, percebemos em seu fim, que ele não estava bem, e não estava a muito tempo, só não conseguia pedir ajuda. E é nisto que precisamos conversar. O quanto queremos nos mostrar uma fortaleza e não aceitamos que outras pessoas podem vir e nos ajudar. Não aceitamos terapia pois nela iremos receber um olhar e um cuidado de um terceiro. Não aceitamos carinho, não aceitamos mostrar a fragilidade que todos nós temos. Quando vamos perceber que não há fortalezas, e sim, há muros que construímos para fingir uma força inexistente?

Chorão foi se afundando, se perdendo, até que não conseguiu mais respirar no meio de tudo. E quantas vezes sentimos isso? Abafamento em consequência de um choro engolido? Dores no corpo após não ter dito tudo que queríamos? Não dá para fingirmos, o corpo mostra!

Sei que é difícil nos abrirmos, nossa sociedade nos ensina ao contrário. Que precisamos nos fechar, quem é mais forte que ganha. Vemos isso nas olímpiadas. Torcemos para a pessoa dar o suor, dar o máximo dela, mesmo que isso requeira machucados, estresses. Estamos acostumados a pensar que só iremos conquistar algo, se nos perdermos no meio, se perdemos nossa saúde. Nossa cultura nos faz sermos infelizes só para conquistarmos um pódio desnecessário e inexistente.

Você não precisa ser ótimo para os outros, seja com você. Sempre falo no consultório: seja legal contigo, primeiramente. Seja bom e seu amigo. Depois pensamos nos outros. Não é egoísmo, é saúde mental. Aceite ajuda e dê ajuda. Aceite perder e não brigue com os outros pelas perdas deles. Aceite não ser perfeito e não cobre dos outros esta perfeição.

Que a mente do Chorão sempre seja um excelente e que a vida dele seja inesquecível, acho isso que ele gostaria.

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