O surfista João Baiuka mais uma vez ganhou as manchetes dos veículos de comunicação da região e também do país. Desta vez, o aventureiro encontrou um “objeto não identificado” na praia de Jaguaruna e, sem saber do que se tratava, compartilhou um vídeo em uma rede social para solucionar o mistério.
Não demorou muito para que o objeto, finalmente, fosse reconhecido. Trata-se de um sismógrafo – aparelho que detecta os movimentos no solo – e, pertence a um projeto da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em parceria com o Observatório Nacional.
O equipamento, segundo o oceanógrafo e pesquisador da UFSC, Ricardo Franco, foi lançado em alto mar no ano de 2019, a dois mil metros de profundidade, na Bacia de Campos, próximo às plataformas de petróleo da Petrobras, no Norte do Rio de Janeiro. Porém, desde julho do ano passado não era mais localizado e, desde então, era considerado perdido.
“Já estava dado como perdido ou que nós íamos gastar muito dinheiro para ir resgatá-lo, com algum submarino. Mas, felizmente, o João prestou esse grande serviço para a ciência brasileira”, pontuou o pesquisador.
Baiuka encontrou o equipamento no dia 2 de abril e, no dia 6, a equipe da UFSC foi até o município de Laguna, onde reside, para resgatar o sismógrafo. Apesar de o equipamento ter se desgastado, ainda será possível recuperar dados para serem passados ao Observatório Nacional.