O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), converteu na manhã deste sábado, 22 de novembro, a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em prisão preventiva. A decisão foi tomada após a convocação de uma vigília em frente ao condomínio onde ele cumpre a medida, feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na noite de sexta-feira, 22.
Bolsonaro foi detido pela Polícia Federal em sua residência por volta das 6h e levado para a Superintendência da PF em Brasília.
Na decisão, Moraes aponta risco elevado de fuga. Segundo o ministro, o Centro de Monitoração Integrada do Distrito Federal informou ao STF que a tornozeleira eletrônica do ex-presidente registrou violação às 0h08 deste sábado. O despacho não detalha o tipo de violação, mas o ministro afirma que o episódio indicaria tentativa de rompimento do dispositivo.
O magistrado destacou ainda que a convocação da vigília poderia gerar aglomeração no local, dificultando a fiscalização da Polícia Federal e da Polícia Penal do Distrito Federal. Para Moraes, a mobilização poderia ser usada como forma de tumulto e de facilitação de eventual fuga.
A decisão também menciona a proximidade da residência de Bolsonaro com a embaixada dos Estados Unidos em Brasília, localizada a aproximadamente 13 quilômetros — distância que, segundo o ministro, pode ser percorrida em cerca de 15 minutos.
Além disso, Moraes registrou que outros investigados no mesmo contexto, como Alexandre Ramagem, Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro, deixaram o país recentemente.
A íntegra da decisão foi disponibilizada pelo STF e detalha todos os fundamentos da conversão da prisão.
Foto: Pablo Porciuncula/AFP















