O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, foi eleito na tarde desta quinta-feira, 8 de maio, para ser o novo sucessor de Pedro na igreja católica.
Prevost conseguiu pelo menos 89 dos 133 votos possíveis no conclave. Leão XIV foi o nome que o religioso escolheu para o seu papado.
“A paz esteja com todos vocês. Esta é a primeira saudação do Cristo ressucitado. Eu também gostaria que essa saudação de paz entrasse no coração de vocês”, disse o novo papa em seu primeiro discurso.
Até ser eleito como pontífice da igreja de Roma, Robert ocupava duas importantes funções no Vaticano:
– Prefeito do Dicastério para os Bispos; órgão responsável pela nomeação de bispos
– Presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina
Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, Leão XIV construiu sua carreria eclesiástica no Peru. De perfil progressista, ele havia se tornado cardeal há apenas dois anos.
O novo pontifíce, considerado discreto e conciliatório, deve dar continuidade ao legado de Francisco em diversos aspectos. Em relação ao público LGBTQIAPN+, porém, deve destoar de seu antecessor.
Enquanto Francisco dizia não poder julgar homossexuais, Prevost, em 2012, lamentou que a mídia ocidental e a cultura popular fomentassem “simpatia por crenças e práticas que estão em desacordo com o Evangelho” e citou textualmente o “estilo de vida homossexual” e “famílias alternativas compostas por parceiros do mesmo sexo e seus filhos adotivos”.
Segundo o The New York Times, apesar de ter uma forte atuação missionária em sua trajetória, o novo papa também tem em seu currículo algumas polêmicas de teor sexual.
Em uma das situações, Prevost foi criticado por supostamente não investigar a denúncia de uma mulher que dizia ter sido abusada sexualmente por um padre em Chiclayo. O caso só foi reaberto quando um novo bispo chegou à cidade.
Já em outro episódio, quando ainda era arcebispo de Chicago, Robert teria deixado de informar uma escola católica que um padre acusado de ter abusado de meninos anos a fio estava abrigado em um mosteiro próximo à insitutição. Como chefe da ordem dos agostinianos do Centro-Oeste na época, o cardeal Prevost é quem teria aprovado a mudança do padre para o espaço recluso.
Foto: EXTRA.GLOBO | ALBERTO PIZZOLI / AFP