O julgamento da empresária Camila Mendonça Marques, de Tubarão, que participou dos atos de vandalismo em Brasília no ano passado, deve ser concluído pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, dia 8 de março.
A tubaronense responde pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, dano qualificado e de teorização de patrimônio tombado.
Segundo o relator da ação penal, Alexandre de Moraes, Camila deve ser condenada em 17 anos. Destes, 15 anos e seis meses de reclusão; um ano e seis meses de detenção; e 100 dias-multa.
O ministro ainda defende a condenação da ré ao pagamento do valor mínimo idenizatorio – a título de danos morais coletivos – no valor de R$ 30 milhões, que deve ser cumprido de forma solidária pelos demais condenados.
Caso o entendimento seja confirmado pelos demais ministros, o magistrado ainda fixa o regime fechado para o início do cumprimento da pena.
RELEMBRE O CASO
Camila Mendonça Marques foi presa em flagrante pela Polícia Federal no dia 8 de janeiro, dentro do Palácio do Planalto, enquanto vândalos destruíam o local.
No dia 20 do mesmo mês, ela teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. À época, o ministro Alexandre de Moraes justificou a decisão como sendo “para garantia da ordem pública e para garantir a efetividade das investigações”.
A empresária conquistou a liberdade provisória em 8 de março. Desde então, ela está em Tubarão, onde usa tornozeleira eletrônica e precisa cumprir exigências impostas pela Justiça.
Entre as exigências, precisa se apresentar semanalmente no Fórum, além de também estar impedida de usar redes sociais e sair de casa após às 22 horas.