A cidade de Tubarão, mais uma vez, é alvo de críticas do padre Júlio Lancellotti, conhecido pelo trabalho social por meio da Pastoral do Povo da Rua de São Paulo. Desta vez, o religioso usou uma rede social para afirmar que o município estaria praticando Aporofobia, que é a aversão ao pobre pelo fato de ser pobre.
Em seu post, Lancellotti mostra a foto de um banco instalado no Calçadão, onde há uma separação de acentos com duas madeiras pontiagudas fixadas na vertical (veja a publicação no final da matéria). Na legenda, ele diz: Aporofobia em ação. A publicação foi feita no dia 27 de janeiro e já conta com centenas de comentários. “E quando eu digo que o brasileiro regrediu socialmente, ninguém acredita”, disse uma seguidora. “Meu Deus que tristeza falta de respeito EMPATIA pela vida das pessoas em situação de rua”, lamentou outra.
Significado do termo Aporofobia
O termo aporofobia vem de duas palavras gregas: “áporos”, o pobre, o desamparado, e “fobia”, que significa temer, odiar, rejeitar. Da mesma forma que “xenofobia” significa “aversão ao estrangeiro”, aporofobia é a aversão ao pobre pelo fato de ser pobre.6 de jan. de 2022
Campanha nacional
Com quase 1 milhão de seguidores no Instagram, o padre Júlio Lancellotti disse à BBC News Brasil, em 6 de janeiro de 2022, que está sensibilizado pela quantidade de pessoas que estão mobilizadas nessa campanha para denunciar instalações hostis.
“Eu não peço nada, mas elas me mandam fotos e dizem: ‘lembrei de você’. Outros falam que não percebiam que existiam construções hostis na cidade e agora estão percebendo. Isso tem sido importante porque a intenção das minhas publicações é sensibilizar as pessoas e sair da hostilidade para a hospitalidade”, afirmou.
O padre ressaltou que é importante não confundir instalações hostis com o portão de uma casa ou a grade de um jardim. Mas ele afirmou que algumas pessoas instalam alguns objetos quase imperceptíveis, como obras de arte, vasos e plantas que servem como obstáculo, com a intenção de apenas obstruir um espaço público.
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