A declaração do prefeito Estêner Soratto (PL) sobre a existência de uma suposta “máfia” ligada ao serviço de coleta de lixo em Tubarão desencadeou uma série de reações políticas.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, ao anunciar a chegada de novos contentores para o município, o prefeito afirmou que estaria “acabando com uma máfia que existia antes”. A fala foi interpretada como um ataque a gestões anteriores.
Um dos que reagiram foi o vereador Gelson Bento (PP), que atuou como prefeito interino em 2023. Da tribuna da Câmara nesta semana, ele disse ter se sentido ofendido com o comentário, ponderando que o município não vive um cenário de irregularidades, mas sim de falhas operacionais que precisam ser solucionadas.
O vereador Maurício da Silva (PP) também se manifestou, declarando solidariedade a Gelson Bento. Para ele, a fala do liberal desvia o foco das dificuldades enfrentadas pela atual gestão na execução dos serviços de recolhimento. Maurício ainda criticou o tempo necessário para a realização do processo licitatório da coleta.
A discussão ganhou força nas redes sociais. Em uma publicação de Gelson Bento, o ex-prefeito Joares Ponticelli chamou Soratto de “incompetente” e “mentiroso”, questionando a renovação do contrato com a Versa Engenharia — antiga Serrana, investigada na Operação Mensageiro — e afirmando que o valor pago hoje é maior do que o praticado quando ele foi afastado.

De acordo com o Portal da Transparência, a Versa Engenharia teve sua permanência garantida até outubro de 2026, por meio de um aditivo de R$ 5,4 milhões. A prefeitura justificou a renovação afirmando que as condições e os preços seguem “vantajosos” para o município. Ainda assim, vereadores solicitaram documentos comparativos para avaliar se a prorrogação foi, de fato, a opção mais econômica e transparente.















