Em Laguna, uma comunidade terapêutica foi interditada após indícios de tortura e cárcere privado. Três homens apontados como responsáveis pelo local foram presos em flagrante.
Diversos internos afirmaram que foram levados à força para o local, e que permaneciam presos em um quarto quase 24 horas por dia. Segundo eles, todas as refeições eram feitas dentro do cômodo e eram constantemente agredidos.
Um pedaço de madeira, que supostamente era utilizado como instrumento de tortura, foi localizado no abrigo. Marcas de sangue na parede também foram observadas pelos fiscais.
Ainda de acordo com a denúncia, medicamentos controlados eram utilizados para dopar os internos. Um deles, inclusive, estava dopado no momento da vistoria e foi levado ao hospital pelos bombeiros.
O local não possuía responsável técnico, alvará sanitário, de funcionamento e projeto de prevenção de incêndio aprovado. Além disso, havia superlotação de internos.
A fiscalização teve a participação do Ministério Público, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Vigilância Sanitária e Secretaria de Assistência Social.