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Amurel completa três anos do primeiro caso confirmado de Covid-19; relembre como a região enfrentou o vírus

Nesse período, muitas coisas aconteceram. Relembre parte desses registros: lockdown, superlotação de hospitais, vacinas e negacionismo
infosul

15 de março de 2023

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Arte: Portal Infosul

O primeiro caso confirmado de paciente infectado pelo vírus da Covid-19 na região da Amurel completa nesta quarta-feira, dia 15 de março, três anos. Era um domingo, quando o Hospital Santa Terezinha, de Braço do Norte, emitiu um comunicado onde informava o diagnóstico do paciente.

De acordo com a unidade hospitalar, o paciente havia chegado recentemente do exterior. Ao apresentar alguns sintomas, permaneceu, inicialmente, em isolamento no Hospital São Donato, em Içara. 

Esse foi o primeiro registro de Covid-19 na região e o sexto em Santa Catarina.

Os primeiros óbitos decorrentes do vírus

A primeira morte decorrente do vírus da Covid-19 na Amurel foi registrada apenas 15 dias depois da confirmação do primeiro caso de paciente infectado. Era 4 de abril quando o Laboratório Central de Saúde Pública, o Lacen, confirmou a doença como motivo do óbito de uma senhora de 90 anos, falecida no dia 30 do mês anterior, em Pedras Grandes

Naquele mesmo dia, a Secretaria de Saúde de São Ludgero também emitiu comunicado anunciando o falecimento de um homem de 32 anos, em razão da contaminação pelo novo vírus. 

Nesse momento, os 18 municípios da Amurel já somavam 50 casos positivos para a doença.

Suspensão das atividades presenciais

Diante da alta no número de pessoas contaminadas – transmissão comunitária – e sem o suporte necessário para atender aos pacientes mais graves, o Governo de Santa Catarina decretou Situação de Emergência em março de 2020. 

Desta forma, todos os serviços considerados não essenciais foram suspensos. Os eventos, por exemplo, tiveram sua realização interrompida – inicialmente – pelo período de 30 dias, enquanto os serviços de transporte público coletivo municipal, intermunicipal e interestadual por sete.

A partir desta data, o colapso estava anunciado. O comércio precisou ser fechado, as aulas suspensas e o uso de máscaras de proteção individual passou a ser obrigatório. Ninguém sabia quanto tempo essas medidas perdurariam.

Não demorou muito para os hospitais da região terem mais demanda do que a estrutura e o quadro de profissionais pudessem suportar. O Estado necessitou comprar leitos particulares e também montar Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) com urgência para atender à necessidade existente.

Centenas de pessoas não resistiram à doença.

Meses depois, em julho, uma nova discussão entre os municípios definiria quais medidas restritivas seriam tomadas em mais um pico da doença. A reunião foi transmitida à população. Não houve consenso entre os gestores. À época, Beto Kuerten (Braço do Norte), Wanderlei Marega (Gravatal) e Márcio Borba (Grão-Pará), se opuseram frente às restrições sugeridas e não acataram a proposta de um novo lockdown. Dias depois a Justiça determinou que ambos aceitassem a decisão do Comitê Extraordinário Regional de Saúde.

A chegada da vacina, o negacionismo e a melhora no cenário pandêmico

Era 17 de março de 2021 quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, aprovou o uso emergencial da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan contra a doença, a Coronavac. No mesmo dia, a enfermeira Mônica Calazans, de São Paulo, foi a primeira pessoa a ser vacinada contra a Covid-19 no Brasil.

O episódio foi amplamente divulgado e deu início ao caminho de dias melhores.

As doses de Coronavac, bem como as produzidas por outros laboratórios, começaram a ser distribuídas aos estados e municípios. Cada cidade passou a divulgar seus cronogramas de vacinação, obedecendo às orientações do Ministério da Saúde e também certificando-se da quantidade de doses recebidas. 

Dos mais idosos e comórbidos aos mais jovens e saudáveis, a região da Amurel conseguiu levar milhares de pessoas às salas de vacinação. O resultado foi imediato. À medida em que a população recebia as doses do imunizante, os casos confirmados, de internações e óbitos foram caindo continuamente. 

Ainda assim, até hoje, outras milhares de pessoas não acreditaram na vacina e deixaram de tomá-la. 

Não surpreende esse público, em sua maioria, ser apoiador do ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro. À época, o gestor declarou inúmeras vezes que as vacinas não eram confiáveis e até sugeriu – ainda que afirme força de expressão – que elas poderiam transformar pessoas em jacarés. Até os dias atuais ele mantém o discurso e afirma não ter se vacinado.

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Amurel completa três anos do primeiro caso confirmado de Covid-19; relembre como a região enfrentou o vírus

Nesse período, muitas coisas aconteceram. Relembre parte desses registros: lockdown, superlotação de hospitais, vacinas e negacionismo
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Arte: Portal Infosul

O primeiro caso confirmado de paciente infectado pelo vírus da Covid-19 na região da Amurel completa nesta quarta-feira, dia 15 de março, três anos. Era um domingo, quando o Hospital Santa Terezinha, de Braço do Norte, emitiu um comunicado onde informava o diagnóstico do paciente.

De acordo com a unidade hospitalar, o paciente havia chegado recentemente do exterior. Ao apresentar alguns sintomas, permaneceu, inicialmente, em isolamento no Hospital São Donato, em Içara. 

Esse foi o primeiro registro de Covid-19 na região e o sexto em Santa Catarina.

Os primeiros óbitos decorrentes do vírus

A primeira morte decorrente do vírus da Covid-19 na Amurel foi registrada apenas 15 dias depois da confirmação do primeiro caso de paciente infectado. Era 4 de abril quando o Laboratório Central de Saúde Pública, o Lacen, confirmou a doença como motivo do óbito de uma senhora de 90 anos, falecida no dia 30 do mês anterior, em Pedras Grandes

Naquele mesmo dia, a Secretaria de Saúde de São Ludgero também emitiu comunicado anunciando o falecimento de um homem de 32 anos, em razão da contaminação pelo novo vírus. 

Nesse momento, os 18 municípios da Amurel já somavam 50 casos positivos para a doença.

Suspensão das atividades presenciais

Diante da alta no número de pessoas contaminadas – transmissão comunitária – e sem o suporte necessário para atender aos pacientes mais graves, o Governo de Santa Catarina decretou Situação de Emergência em março de 2020. 

Desta forma, todos os serviços considerados não essenciais foram suspensos. Os eventos, por exemplo, tiveram sua realização interrompida – inicialmente – pelo período de 30 dias, enquanto os serviços de transporte público coletivo municipal, intermunicipal e interestadual por sete.

A partir desta data, o colapso estava anunciado. O comércio precisou ser fechado, as aulas suspensas e o uso de máscaras de proteção individual passou a ser obrigatório. Ninguém sabia quanto tempo essas medidas perdurariam.

Não demorou muito para os hospitais da região terem mais demanda do que a estrutura e o quadro de profissionais pudessem suportar. O Estado necessitou comprar leitos particulares e também montar Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) com urgência para atender à necessidade existente.

Centenas de pessoas não resistiram à doença.

Meses depois, em julho, uma nova discussão entre os municípios definiria quais medidas restritivas seriam tomadas em mais um pico da doença. A reunião foi transmitida à população. Não houve consenso entre os gestores. À época, Beto Kuerten (Braço do Norte), Wanderlei Marega (Gravatal) e Márcio Borba (Grão-Pará), se opuseram frente às restrições sugeridas e não acataram a proposta de um novo lockdown. Dias depois a Justiça determinou que ambos aceitassem a decisão do Comitê Extraordinário Regional de Saúde.

A chegada da vacina, o negacionismo e a melhora no cenário pandêmico

Era 17 de março de 2021 quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, aprovou o uso emergencial da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan contra a doença, a Coronavac. No mesmo dia, a enfermeira Mônica Calazans, de São Paulo, foi a primeira pessoa a ser vacinada contra a Covid-19 no Brasil.

O episódio foi amplamente divulgado e deu início ao caminho de dias melhores.

As doses de Coronavac, bem como as produzidas por outros laboratórios, começaram a ser distribuídas aos estados e municípios. Cada cidade passou a divulgar seus cronogramas de vacinação, obedecendo às orientações do Ministério da Saúde e também certificando-se da quantidade de doses recebidas. 

Dos mais idosos e comórbidos aos mais jovens e saudáveis, a região da Amurel conseguiu levar milhares de pessoas às salas de vacinação. O resultado foi imediato. À medida em que a população recebia as doses do imunizante, os casos confirmados, de internações e óbitos foram caindo continuamente. 

Ainda assim, até hoje, outras milhares de pessoas não acreditaram na vacina e deixaram de tomá-la. 

Não surpreende esse público, em sua maioria, ser apoiador do ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro. À época, o gestor declarou inúmeras vezes que as vacinas não eram confiáveis e até sugeriu – ainda que afirme força de expressão – que elas poderiam transformar pessoas em jacarés. Até os dias atuais ele mantém o discurso e afirma não ter se vacinado.

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