O futebol mundial vive um dos dias mais tristes da história. Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, morreu nesta quinta-feira, dia 29, aos 82 anos. O “Rei do Futebol”, como era conhecido, lutava contra um câncer no cólon e teve falência múltipla dos órgãos. Ele estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, há um mês.
O velório será realizado na Vila Belmiro. Ainda não há informações sobre o sepultamento.
A inspiração e o amor marcaram a jornada de Rei Pelé, que faleceu no dia de hoje.
Amor, amor e amor, para sempre.
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Inspiration and love marked the journey of King Pelé, who peacefully passed away today.Love, love and love, forever. pic.twitter.com/CP9syIdL3i
— Pelé (@Pele) December 29, 2022
Nascido em Três Corações, em Minas Gerais, Pelé ganhou o mundo aos 17 anos. Ele comandou a Seleção Brasileira na conquista da Copa do Mundo de 1958, na Suécia, cumprindo uma promessa feita ao pai, Dondinho, 10 anos antes, quando o Brasil perdeu o mundial em casa para o Uruguai em 1950.
Pelé não apenas cumpriu a promessa como venceu outras duas Copas do Mundo, em 1962 e 1970. Com a amarelinha, disputou 92 jogos e marcou 77 gols. Ele é o maior artilheiro ao lado de Neymar, que igualou sua marca durante o Mundial do Catar deste ano.
Em clubes, Pelé vestiu apenas duas camisas: a do Santos e do New York Cosmos. No Peixe, disputou 1116 jogos e marcou 1091 gols. Nos Estados Unidos, já no fim da carreira, o Rei entrou em campo 111 vezes e deixou sua marca em 65 oportunidades. Em toda a carreira, foram 1366 jogos e 1283 gols gols marcados.
Títulos individuais e coletivos consolidaram a carreira do melhor jogador da história. Foram 37 ao todo, sendo 26 pelo Santos (10 Campeonatos Paulistas, seis Brasileiros, quatro Rio-São Paulo, duas Libertadores, dois Mundiais, uma Recopa Mundial e uma Recopa Sul-Americana), 10 com a Seleção Braisleira (três Copas do Mundo, três Copas Oswaldo Cruz, duas Copas Roca, uma Taça Atlântico e uma Taça Bernardo O’Higgins) e um pelo New York Cosmos (uma Liga Norte-Americana).
Expoente máximo do futebol brasileiro, Pelé acumulou recordes. Ele foi um dos vencedores, ao lado de Maradona, do prêmio de melhor jogador do século 20 pela FIFA. Também foi eleito o jogador do século pela IFFHS (Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol) e atleta do século pelo COI (Comitê Olímpico Internacional).
Em 2015, quando fez 60 anos, a France Football fez uma revisão de todos os seus prêmios anteriores com base nas regras atuais e reconheceu que Pelé teria sete Bolas de Ouro, em 1958, 1959, 1960, 1961, 1963, 1965 e 1970.
