Segundo uma fonte do Portal Infosul, a Prefeitura de Jaguaruna rompeu o contrato com o Ideas, empresa responsável por administrar o Hospital de Caridade. A decisão teria sido tomada pelo Poder Executivo como forma de retaliação ao fato da direção do hospital ter dado entrevistas e falado a real situação financeira da entidade.
Ao que parece, o setor jurídico do Ideas está avaliando a situação. O caso pode ser denunciado ao Ministério Público ou ainda, virar caso de ação judicial.
O contrato entre o HCJ e o Ideas foi assinado em junho de 2017, e tinha validade de 120 meses (10 anos).
A reportagem tentou contato com o prefeito Edenilson da Costa e também com o Ideas. O chefe do executivo não atendeu as ligações e nem respondeu as mensagens. Já o Ideas, não retornou nosso contato até o fechamento desta matéria.
Entenda
Nos últimos meses o Hospital de Caridade de Jaguaruna vem tendo dificuldades financeiras, atrasando os salários dos médicos e funcionários da unidade. Em novembro e dezembro do ano passado os colaboradores chegaram a paralisar as atividades, atendendo somente casos de urgência e emergência.
Em uma outra oportunidade, o diretor do HCJ, Claiton Galicioli, contou como funcionava o contrato com o município. “Nós temos um contrato de R$ 160 mil mensais com a prefeitura, que é destinado para pagar os funcionários, médicos e também é usado para aquisição de materiais e medicamentos. Esse valor é dividido em três parcelas. Sempre nos dias 10, 20 e 30 de cada mês a prefeitura deve pagar R$ 53.300,00”, explica. No entanto, esse montante não era repassado desde novembro.
No mês de dezembro, por exemplo, a greve dos funcionários só não perdurou graças a uma emenda parlamentar.
Neste mês de janeiro a situação de atraso dos pagamentos se repetiu. Desta vez, após várias tentativas de conversas com o prefeito Edenilson da Costa, o Ideas conseguiu dois repasses: um de R$ 90 mil e outro de R$ 65 mil. Esse montante não foi o suficiente para quitar todas as folhas e, então, o Ideas retirou R$ 25 mil do caixa para impedir que os colaboradores entrassem em greve.