Após anos de espera, a Rodovia Ivane Fretta Moreira, em Tubarão, finalmente foi liberada para tráfego. O Governo do Estado de Santa Catarina surpreendeu à todos durante a manhã desta quinta-feira, 30, ao anunciar a liberação do trecho para o fim do dia.
O prefeito da cidade, Joares Ponticelli, ficou sabendo da novidade através da imprensa. Ele está em Florianópolis, participando da Assembleia Geral de Eleição e Posse da Fecam e, segundo informou, não foi previamente comunicado da decisão do Estado.
Até agora, foram R$ 82.018,760,95 investidos na rodovia; 93,50% das obras estão concluídas. Mesmo assim, a via foi liberada sem qualquer cerimônia.
A reportagem do Portal Infosul procurou a Assessoria de Imprensa do Estado para esclarecer a decisão tão repentina e como ela foi divulgada, mas preferiram não responder aos questionamentos. Para eles “Temos a chance de valorizar e colocar otimismo com a entrega desta obra para os moradores. As pessoas esperavam. Acho que o foco deve ser outro. Mas a decisão editorial é de cada um”, respondeu a assessoria em um dos trechos da conversa.
Mesmo explicando que os questionamentos eram válidos, a assessoria não respondeu mais.
Bairro São Martinho
Uma manifestação está prevista para acontecer nas proximidades do novo viaduto da rodovia Ivane Fretta Moreirea na próxima terça-feira, 04, às 15h, para reivindicar soluções de acessibilidade no projeto da via.
A comunidade conhecida como Sapolândia, no bairro São Martinho, ficou isolada após o transporte público coletivo ficar impedido de passar no local. Os motoristas que vinham de Gravatal sentido Tubarão, antes, conseguiam entrar na comunidade. Agora, com o novo viaduto, ficou proibido.
Desta forma, a população precisa atravessar a rodovia a pé para conseguir pegar o transporte coletivo, colocando em risco a vida de todos, visto que há trechos onde não existe acostamento e os carros e caminhões passam muito perto de quem anda por ali.
Pedido da Prefeitura de Tubarão
Prevendo o problema, o Secretário de Urbanismo, Mobilidade e Planejamento da Cidade Azul, Nilton de Campos, pediu em novembro do ano passado que a Secretaria de Infraestrutura Estadual tomasse providências acerca da situação. No entanto, o município não teve uma resposta oficial.
Uma reunião está para ser agendada, mas até o fechamento desta matéria nada havia sido definido.
Enquanto o problema não é solucionado, os moradores da comunidade da Sapolândia continuam em risco.